TRANSPARÊNCIA BRECADA

Esses dias, na TV Senado, acompanhei duas propostas que estavam para ser votadas e quem as propuseram foi o senador Eduardo Suplicy.
As excelentes propostas, para mudarem bem ' a cara ' das campanhas eleitorais, falavam que, durante o período eleitoral, mais precisamente do dia 6 a 30 de setembro, os partidos políticos, coligações e candidatos fossem obrigados a divulgar, um relatório discriminando os recursos em dinheiro, nome dos doadores, fossem eles pessoas físicas, jurídicas, valores, gastos, etc...e a outra vedando doações ocultas....Mas as duas foram rechaçadas e negadas, o que é incrivelmente mais um atraso e aplausos à impunidade, que parece imperar na política podre brasileira.
Um empresário, que tenha interesse real na administração pública, seja ela municipal, estadual ou federal, poderá ocultar ou fazer suas doações, consideradas normais legalmente falando, mesmo que moralmente sejam absurdas.
É claro que a aplicabilidade e provas são quase impossíveis de se detectar, mas a lei precisava ser mudada, com a finalidade de dificultar os jogos de interesses, barganhas, distribuição de cargos aos empresários, partidos de coalizão e vendilhões.
Dizer que compor hoje para governar tranquilamente é estranho na medida em que os interesses políticos caiam para o lado da corrupção, troca de favores futuras e premiações forjadas, como título de cidadão para 'celebridade política' que fica duas horas na cidade ou que caiu de paraquedas na cidade e faz aliança com o diabo.
A solução encontrada ainda está longe de aparecer, mas a mídia precisa mostrar os nomes dos deputados e senadores que votam contra projetos de tamanha importância e necessidade, bem como divulgar os nomes de vereadores que, por algum interesse, votam contra qualquer investigação e indícios de irregularidades ou dão títulos de cidadão bauruense para fantasminhas 'camaradas'...

GUTO GUEDES
Bacharel em Direito e poeta
RG 22.417.752-7