quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O efeito Nelsinho Piquet

O caso Nelsinho Piquet trouxe mais uma vez à tona 'como agir' em relação à ética, impunidade, abuso de poder e aceitabilidade pela profissão, emprego, pelo ganha-pão. Cada um de nós faz um julgamento diante dessa situação: aceitar a ordem do chefe e ficar 'queimado' ou dizer não e perder o emprego? Ele foi corajoso e denunciou, 'abriu o bico', 'levantou lebre', não cedeu à pressão do autoritarismo, da imposição do 'tesão hierárquico'. Mas quantas pessoas tem coragem de 'peitar' uma situação como essa, no dia a dia, no seu trabalho e correr o risco de ficar desempregado por ser honesto, autêntico e sincero? Eu, em entrevistas de emprego, de empresas importantes em Bauru, já fui reprovado (e nunca sabemos o porquê da reprovação) e achei que foram alguns motivos, inclusive o de falar que não mentiria para não beneficiar a empresa (prejudicar clientes?). E 90% das pessoas com quem já trabalhei disseram que mentiriam sim, seja para puxar o saco ou mesmo para manter seu emprego. Não é só na fórmula 1 que isso acontece com frequência. No circuito automobilístico há punição para os detentores do poder porque a repercussão na mídia é bombástica e um orgão sério como a FIA não teria como se esconder e 'abafar o caso'. Mas e no seu caso leitor, no seu trabalho, como agir diante dessas situações? Prefere fingir não estar vendo (omissão também é "crime") ou 'soltar ao vento', denunciar e ficar com a fama de 'fofoqueiro' (leia-se verdadeiro), com o radar moral ligado sempre?Será que o 'efeito Nelsinho Piquet' trará reflexões e atitudes morais, éticas para os cidadãos brasileiros ou a sensação de impunidade (ética em extinção) já virou uma coisa normal, corriqueira, banal, congressista? Pense, reflita, denuncie e pague o preço da honestidade!

Gustavo de Carvalho Guedes (GUTO GUEDES)
Poeta, Bacharel em Direito, contestador e autêntico f.c.

8 comentários:

Aninha Teles disse...

continue sendo esse cara honesto e sincero eh de homens como você e Nelson Piquet que o nosso país precisa.
beijos te adoro!!!

alepaccola disse...

Muito bom texto! Gostaria de tomar o Nelsinho como esse “martir da moral. Mas de fato aconteceu que o Piquet pai trouxe a tona o episodio, pelo simples fato de rechaçar o Briatore por te-lo despedido. Quer dizer na maioria dos casos ainda os escandalos no Brasil vem a tona por vingança. Aquele velho jeito, eu nao ganho mas vc tb nao vai ganhar.
Honestidade tem preço, paga aquele que sabe o valor.

Caldeirão Poético disse...

Valeu Paccola, pela resposta.
Fiz questionamentos justamente para respostas convincentes de pessoas honestas como vc e de um silêncio geral, das pessoas que tem culpa no cartório e vão silenciar para fugir da carapuça.
Inclusive mandei o texto pro JC e devo mandar para a Revista Caros Amigos.

Caldeirão Poético disse...

Tem que ver se foi vingança ou justiça...

Anônimo disse...

Nelsinho Piquet não pode ser chamado de atleta, ou esportista.
Pior que aquele que dá uma ordem imoral, é aquele que a cumpre.
Desta forma, não há razão para idolatrar um "filhinho-de-papai" que, segundo ele, estava num momento "emocionalmente abalado".
Trata-se, na verdade, de mais um envolvido no podre, assim como ele, sistema da F-1.
Justiça e caráter são atribuídos aos que a praticam e aos que o possuem. Não se compra e nem se conquistam com hipocrisia.
Nosso país precisa de "Nelsinho Piquet"? Meu Deus...diga que não li isso.

Caldeirão Poético disse...

Primeiramente, quem escreve anonimamente é covarde.Segundo eu pus a questão aos leitores e cada um com a sua interpretação, mesmo sendo podre...
Na verdade, quem cumpre uma ordem, muitas vezes não é mau caráter e sim cumpre por medo pq precisa do emprego.
Não é o meu caso...eu, se vejo coisa errada, conto a todo mundo...denuncio, foda-se...
Agora, mostre a carinha...
E quanto ao Nelsinho Piquet, não disse em nenhum momento que o país precisa de Nelsinhos Piquet...isso foi sua interpretação....e sim coloquei a questão no ar....
Fala seu nome covarde!

Anônimo disse...

Covarde, eu? Não sou eu que intitulo Poeta, Bacharel em Direito, contestador e autêntico f.c...por que não se intitula também como assessor da Cohab? Qual o motivo?
Deveria ter colocado sua profissão de verdade tanto aqui como no Jornal da Cidade!
Na minha opinião, você deveria pensar mais antes de chamar alguém de covarde!

Caldeirão Poético disse...

Me intitulo como eu quiser sua puta véia!
Poeta não é profissão, bacharel tbém não, contestador tbém não, autêntico f.c tbém não....
assessor da Cohab não é profissão...é função...imbecil...agora, fofoqueira é profissão?
Quem não tem coragem se mostrar é o que?