Poeta Itinerante
Poeta itinerante e peregrino, pelas ruas do mundo, arrasto o meu destino
Mundo?
Uma aldeia de nome tupi, um monstro com nome de santo,
Curitiba, São Paulo,
com vocês me deito, com algo me levanto.
Vocês aí parados,
a mesma vida de sempre, como vos invejo e vos desprezo, voz de nós,
voz dos meus avós, prazos, prêmios, praças, preços,
chove sobre mim, a chuva que eu mereço. Invoco forças poderosas.
Quando vou poder transformar minhas ruínas em rosas ?
Paulo Leminski
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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