terça-feira, 9 de novembro de 2010

poesia

Sobrado


Parado, como a cobra olha a presa
Acuado, como a zebra sente a onça
Flagrado, como um segredo desvencilhado
Fadado, como um túmulo esmiuçado
Dobrado, como os nós do corpo travado
Travado, como um sinal de alerta despedaçado
Molhado, como um sangue amplificado
Tarado, como um mendigo esfomeado
Sobrado, como a calha fervendo, no telhado


GUTO GUEDES
28/08/2010

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