terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poesia nova


ROTATIVIDADE


A visão que articula as células-mães
E delegam impurezas no seu divã
Organismos que rejeitam aqueles pães
Contraindo os nervos da mente sã

Os remédios que recriam palavras açucaradas
Curam dores e sugerem a adoção
No envelope aberto, no galope da estrada
São revelados, suor, marcas da afeição

Rotativos pileques ou um pifão
Suavizam a dor da rotina
Facilitam no corpo sua tradução
Justificam a função da serotonina

Amparados na morte e na traição
Dependentes cretinos algemados
Induzidos pela identificação
E as chaves erradas do cadeado

GUTO GUEDES – 28/08/2010

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